Educação

Niterói terá laboratório para impressão de órgãos em 3D

Niterói terá laboratório para impressão de órgãos em 3D

Fruto de uma parceria entre a Universidade Federal Fluminense UFF, a Prefeitura Municipal de Niterói e a Fundação Euclides da Cunha, segue em vias de ser concretizada a implantação do primeiro Laboratório de Fabricação Digital em um hospital universitário no Brasil, batizado de Fab Lab Health, Science & Education.

Trata-se de um ambiente de fabricação digital, que busca estimular os alunos na resolução de problemas, composto por impressoras 3D, cortadoras a laser, equipamentos de montagem e computadores, através dos quais se idealizam e executam protótipos de produtos. No caso desse Fab Lab em particular, que será implantado no Serviço de Radiologia do Hospital Universitário Antonio Pedro (HUAP), o intuito é o de desenvolver um trabalho inovador na área da educação por meio de uma colaboração com professores da educação básica do município.

O primeiro projeto em curso do Fab Lab envolve a integração de estudantes das escolas de Niterói na produção de protótipos do coração, entendendo a anatomia e fisiologia do órgão, assim como também conteúdos de computação, física, química e matemática, necessários para a escolha das características dos materiais utilizados nessa fabricação. De acordo com Claudio Tinoco, faz-se uso de imagens de exames, como Ecocardiograma, tomografia computadorizada, ressonância magnética e medicina nuclear, para produzir os modelos tridimensionais para impressão 3D.

“Mais de 95% dessa produção científica do Brasil nas bases internacionais se deve à capacidade de pesquisa de suas universidades públicas. O Brasil ocupa o 13º lugar em produção científica no mundo e isto está relacionado ao papel crucial desempenhado pelas universidades públicas”, coordenador da Pós-Graduação em Ciências Cardiovasculares da UFF, professor Claudio Tinoco.

O coordenador informa também que “a impressão dos modelos de órgãos é utilizada para planejar cirurgias complexas, avaliar estratégias de radioterapia, educar pacientes sobre doenças. E, além disso, são muito usados para o ensino de estudantes de medicina e de outras áreas de saúde”, enfatiza. E não para por aí: o projeto abrange a busca de outros tipos de soluções no âmbito da saúde; por exemplo, no planejamento de cirurgias, no combate ao COVID-19, na melhoria da qualidade de vida e na elaboração de produtos nacionais na área.

Foto: Divulgação UFF | Unsplash