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TRANSBORDAR – Por Nanda Pimentel

TRANSBORDAR – Por Nanda Pimentel

A vida é, literalmente, uma peça. Ensaiamos tantos papeis ao longo dela, rimos, choramos, amamos, sentimos, vibramos, desesperamos e… transbordamos. Como assim, Nanda, transbordamos? Essa é uma palavra, teoria e feeling que, há 3 meses, venho experienciando de forma tão intensa, que já me parecem anos… Ser mãe é transbordar!

Escrevo e atesto isso poucos dias após a perda do ator Paulo Gustavo que, não à toa, trouxe à tona sua personagem principal do humor e da vida: sua mãe. Quem não se identificou ou não viu um pouco de sua própria mãe ou maternidade nesta personagem arrebatadora? Quem, essa semana, não se sentiu órfão do ator, humorista e incrível ser humano que ele foi?

A partida de PG me fez estremecer, mais uma vez, porque ele me fez reviver minha mãe, falecida há exatos 13 anos. Buraquinho no coração e na alma que ainda me fazem suspirar e emocionar como se fossem os primeiros dias de sua morada no céu. Dona Hermínia e Carlos Alberto me levavam às cenas da minha própria infância e adolescência, em que o casal Ana Márcia e Antônio Alberto, protagonizavam a novela mexicana da minha vida e viviam situações parecidíssimas com as que eram encenadas lá em casa. Enfim, saboreemos seu legado e obra, e eternizemos sua memória em nós.

Mas, isso tudo para dizer que, neste ano, depois de 38 anos e todo meu desejo e receio de ser mãe – diga-se de passagem – este é meu primeiro Dia das Mães oficial. Há 3 meses, meu mundo ficou ainda mais colorido e sorridente com a chegada do Noah. E é por meio deste sentimento que venho atestando e vivendo intensamente o “transbordamento nosso de cada dia”!

Ser mãe é transbordar-se inteira, de corpo e alma, de cabo a rabo, o tempo todo. De amor, de preocupação, de zelo, de carinho, de cansaço, de desespero, de tudo um pouco, full time, all time. E que coisa mais linda, louca e engrandecedora!

Queria dizer, fazer e expressar tanta coisa neste meu primeiro dia comemorativo como mãe… sonhei tanto com este momento e em tudo que aconteceria… Mas, sabe o que quero mesmo fazer neste domingo? A mesma coisa que tenho feito todos os dias: SER MÃE!

Apesar dos pesares deste segundo Dia das Mães pandêmico, que saibamos valorizar, dar amor, fazer o nosso melhor e nos cuidarmos porque a vida, ainda mais com o coronavírus, “é trem bala, irmão”. Que saibamos fazer nosso melhor todos os dias. Por mais empatia e amor, por favor.

Feliz Dia das Mães! Nanda e Noah!