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Yoga e a pandemia

Yoga e a pandemia

Em março de 2020 fomos “atropelados” pela chegada da pandemia. De um dia para outro, estabelecimentos comerciais foram fechados, ninguém sabia o que era esse vírus, o que deveria ser feito ou como evitá-lo. Mais de um ano depois, convivemos ainda com uma incerteza aguda sobre o futuro, a saúde, a economia e tantas outras questões trazidas pelo coronavírus. A pandemia tem efeitos devastadores na vida das pessoas. São entes queridos que se foram, empregos que se extinguiram, fome que se tornou rotineira, medo generalizado.

Os impactos da ansiedade no corpo são conhecidos de todos: insônia, dores generalizadas, enxaquecas, taquicardia, má digestão, constipação. Tratar do corpo é um dos benefícios do Yoga.

Mas, o que dizer da mente que sofre um processo agudo de ansiedade? Um ano inteiro de doses diárias de medo? Como isso nos afeta? Esse processo basicamente nos paralisa. Tira ou reduz muito nossa capacidade de tomar boas decisões, de fazer escolhas certas. E ao fazermos escolhas ruins, somos os maiores prejudicados.

Infelizmente, é provável que viveremos ainda um longo período de convívio com as “sequelas” da pandemia. Sejam as sequelas no corpo dos que sofreram a contaminação, seja as sequelas que toda a sociedade passará por conta de mais de um ano de angústia. Sequelas da nossa incapacidade de olhar para o outro e agir conforme o momento pede, ficando em casa e usando máscaras, por exemplo.

Tudo isso – que todos sabemos – apenas reforça a necessidade de praticar Yoga. Se já era uma atividade necessária antes, agora se torna fundamental. Aprender a trabalhar e alongar o corpo. Aprender a respirar e assim buscar uma mínima (e vital) quietude da mente. Aprender a melhor conviver conosco também é importante, pois muitas pessoas ficaram meses literalmente sozinhas.

A pandemia trouxe também o fenômeno do online.  Passamos a estudar, trabalhar e até a pedir comida online. Claro, praticar Yoga online não é o ideal, pois a presença do professor que orienta e corrige faz (muita) diferença. Mas fazer uma prática online é infinitamente melhor do que não fazer nenhuma, e ficar apenas absorvendo as tristes notícias que nos assolam há mais de um ano. Aliás, outra boa dica é diminuir (ao máximo) o consumo dessas notícias da sua rotina. Isso apenas intoxica nossa mente de pensamentos negativos.

Não espere mais. Se puder, busque uma prática de yoga presencial. Se não puder ou não quiser, que seja online. Mas pratique algo que faça bem para o corpo e para a mente. Sua saúde vai agradecer.

Jorge Carrano é idealizador e coordenador do espaço de Yoga e Meditação Dharma Bhūmi, em Niterói. Publicitário e praticante de Yoga desde 1993, fez sua primeira formação no Studio Saraswati de Yoga e Vedanta. Formado também pelo IEPY (Instituto de Estudos e Pesquisas em Yoga), certificado pela Escola de Kaivalyadhama (Índia).