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Prefeitura de Niterói autoriza retomada dos ensinos médio, fundamental e infantil

Após um longo debate interno com técnicos da Secretaria de Saúde e do Gabinete de Crise, além de ter como base estudos mais atualizados, a Prefeitura de Niterói está reposicionando o setor da Educação. Com a medida, a partir do sinal Laranja, funcionará o Ensino Médio e o Ensino Fundamental, e no Amarelo Nível 2, o Médio, o Fundamental e o Infantil. O anúncio foi feito pelo prefeito Axel Grael, nesta segunda-feira (18), em vídeo ao vivo nas redes sociais da Prefeitura. “Com esta decisão de reposicionamento da atividade educacional como uma atividade essencial, nós temos uma nova perspectiva de abertura das escolas. Esse é um reposicionamento com base nas experiências do retorno que a gente tem da área científica e acadêmica”, disse o prefeito.

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O secretário municipal de Saúde, Rodrigo Oliveira, destacou que foi concluído, na semana passada, um conjunto de estudos com o intuito de revisar o plano de transição gradual do novo normal, especificamente, de alguns setores econômicos e sociais. “Conseguimos aprender bastante, não só como se desenvolve a doença, mas como ela é transmitida e que impacto ela tem em cada segmento da população. Em março, estava correto quando várias cidades e países suspenderam as aulas, naquele momento, com o conhecimento que a gente tinha, pensar que a educação teria um papel grande na transmissão do vírus. Em maio, isso também estava colocado quando fizemos as revisões bibliográficas com dois elementos importantes: um, de ainda ter casos graves em crianças, e outro com a possibilidade de crianças abaixo de 10 anos terem grande papel na transmissão do vírus. Nos últimos meses, se consolidou na literatura internacional, com vários estudos europeus e asiáticos essas duas preocupações do início da pandemia não se confirmaram. As crianças têm menos chances de desenvolver formas graves, mas, principalmente, elas têm um papel reduzido na transmissão do vírus”, explicou.

 

Rodrigo Oliveira lembrou também que cidades e estados do Brasil, como o Rio Grande do Sul, que retomaram o processo educacional não tiveram surto relacionado a esse processo. E que em Niterói, que abriu o Ensino Médio desde setembro, não teve nenhum surto relacionado à comunidade escolar das unidades que abriram.

“Nós acompanhamos a epidemiologia da comunidade escolar e não tivemos surtos relacionados à comunidade escolar. Países como Portugal, Espanha e França, mesmo com aumento das restrições, têm optado por manter a educação aberta. Se o risco está comprovado do ponto de vista científico, que não é o que achávamos no início, o risco é baixo, a questão da essencialidade do serviço educacional das nossas crianças e do desenvolvimento delas passa a prevalecer. Desta forma, estamos, depois de um longo debate interno com técnicos da secretaria e do gabinete de crise, reposicionando o setor da educação”, pontuou. “Estamos muito tranquilos com esta decisão, que é embasada nos melhores estudos e nos estudos mais atuais que tem sobre a transmissão do coronavírus e sobre o papel da criança nessa transmissão. Essa decisão também está embasada em relatos e estudos, e posicionamentos públicos da Sociedade Brasileira e da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro, com o qual a gente vem travando importante debate”, ressaltou.

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