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Justiça arquiva acusação contra Rodrigo Neves e diz que delação não trouxe provas

Rodrigo Neves | Arquivo
Rodrigo Neves | Arquivo

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) decidiu arquivar o processo que investigava a suspeita de “caixa 2” na campanha do ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, para as eleições de 2012. Após quatro anos de investigação, a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público (MP) não encontraram provas ou indícios de crime, levando ao pedido de arquivamento.

A acusação contra Neves foi feita na delação premiada do publicitário Renato Pereira, mas não foram encontrados elementos suficientes para comprovar o suposto repasse de recursos financeiros não contabilizados durante a campanha. A Justiça concluiu que não havia elementos suficientes para instaurar uma ação penal.

“Não restaram indícios da conduta delituosa e que a declaração, por si só, não é elemento suficiente para comprovar o suposto repasse de recursos financeiros não contabilizados e não declarados aos órgãos de fiscalização durante a campanha. Não restaram indícios de cometimento de ato ilícito juntamente com a autoria e materialidade. Desse modo, dou por encerradas as investigações e manifesto-me em favor do arquivamento”, diz o relatório da Polícia Federal.

“Não se vislumbram elementos suficientes aptos a comprovar a materialidade dos fatos para ensejar a instauração de uma ação penal. Isto posto, ante a ausência de lastro probatório mínimo, determino o arquivamento do presente inquérito policial”, afirmou a Justiça na decisão desta quinta-feira (26).

Rodrigo Neves comentou a decisão, “Essa é mais uma decisão da Justiça que demonstra nossa seriedade e integridade, ressaltando a ação infame de 2018”. Técio Lins e Silva, advogado de Rodrigo também comemorou a decisão, chamando-a de reivindicação contra a “brutal perseguição política e antidemocrática” sofrida por seu cliente.

Em dezembro de 2018, Rodrigo foi preso preventivamente sob acusação de chefiar um esquema de corrupção ligado a empresas de ônibus, e após três meses, o Tribunal de Justiça do Rio decidiu soltá-lo por seis votos a um.