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Operações integradas no Rio podem envolver outras secretarias, diz interventor

Walter Braga Netto | Divulgação

O interventor federal na segurança pública do Rio de Janeiro, general Walter Braga Netto, disse hoje (2) que está nos planos do Gabinete de Intervenção e da Secretaria de Segurança Pública a realização de operações integradas que não envolvam apenas os órgãos de segurança pública e as Forças Armadas, mas também outras secretarias estaduais.

“Estamos tentando organizar uma operação nesse estilo”, disse a jornalistas.

Braga Netto informou que se reuniu com o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e com todo o seu secretariado, para que outros órgãos sejam mobilizados para as operações. “Já tive reunião com o governador e todo o secretariado, de modo que quando tivermos operação, todos os órgãos do estado também entrem, e a operação e não fique só policial”.

O interventor disse que o general Richard Nunes, que o ocupa o cargo de secretário estadual de Segurança Pública, será o responsável por mudanças operacionais que devem ocorrer nos próximos dias, e que a população começará a sentir a diferença a partir delas.

“Ele vai anunciar mudanças, eu não posso adiantar a data, porque é ele que vai definir”.

O general Braga Netto participou hoje (2) da cerimônia de condecoração a 157 agraciados com a Medalha de Mérito Desportivo Militar. O evento ocorreu no Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais, na Ilha das Cobras.

Braga Netto disse que ainda trabalha na montagem do Gabinete de Intervenção, que será responsável por mapear recursos que serão necessários para a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro.

“Para pedir recursos para a intervenção eu tenho que mapear”, disse, acrescentando que o trabalho será feito o mais rápido possível.

A cerimônia também contou com a presença do ministro da Defesa interino, Joaquim Silva e Luna, que afirmou que os recursos para as operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) estão garantidos e poderão ser acrescidos se houver necessidade.

“Já existe o recurso definido para essa operação. O que pode acontecer é ele ser insuficiente. Aí, seria acrescido”, disse o ministro, que detalhou que as operações de Garantia da Lei e da Ordem no Rio de Janeiro contam com R$ 113 milhões. “Está sendo suficiente para as ações que estão definidas. Os meios empregados, a maioria deles, já está no Rio de Janeiro”.

O ministro da Defesa disse que possíveis vazamentos sobre operações são exceções e que o tema inspira cuidado, mas não preocupação. “Preocupação não tem, tem cuidados. Nossa gente é preparada, recomendada para cada operação”.

Silva e Luna disse ainda que espera que a criação do Ministério Extraordinário da Segurança Pública reforce a segurança nas fronteiras, enquanto a centralização das decisões referentes à segurança no Rio de Janeiro, com a intervenção, acelere os resultados do combate ao crime organizado no estado.

“Há expectativa, com a coordenação dos meios e a centralização das ações, de ter no prazo mais curto uma melhora na segurança pública do Rio de Janeiro, que é um clamor da população”.

Com Ag. Brasil
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