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Museu de Arte Contemporânea de Niterói completa 25 anos

Museu de Arte Contemporânea de Niterói completa 25 anos

MAC faz 25 anos com uma série de programações; visitação será gratuita durante todo o mês de setembro

O Museu de Arte Contemporânea de Niterói completa 25 anos, hoje, quinta-feira (02), com uma programação diversificada, ao longo do mês, a partir do dia 8. As comemorações incluem uma grande ocupação das artes visuais em todos os espaços do museu: galerias internas, rampa e praça. Serão sete exposições ao todo, além de outras programações artísticas e culturais. Com esta iniciativa, vem a ideia da quebra das suas próprias barreiras físicas: um museu que se espalhe pela cidade, pelas redes. O visitante só conseguirá ver todas as exposições se for ao ambiente virtual (Transeuntis Mundi), se for até a praia da Boa Viagem (Samba exaltação), precisando estar dentro e fora.

“Os traços marcantes do gênio Oscar Niemeyer atraem olhares de todo o mundo para o mirante da Boa Viagem, onde as curvas do Museu de Arte Contemporânea se integram à exuberante paisagem da Baía de Guanabara. Em 2021, ao completar 25 anos, o MAC se confirma como um dos principais espaços culturais do País e encara o desafio de se aproximar ainda mais dos niteroienses. Exposições e demais atividades cumprem a importante missão de manter nosso MAC como sinônimo de vanguarda, um marco da pluralidade cultural contemporânea, acessível a todos que moram aqui e àqueles que vêm nos visitar”, destaca o prefeito de Niterói, Axel Grael.

Ao chegar na Praça do Museu, o público será recebido por um grande monumento, erguido em homenagem aos 25 anos, em diálogo com a arquitetura de Niemeyer. Já para as galerias do MAC, os monumentos que pairam sobre os céus da Guanabara: de um lado o MAC e do outro o Cristo Redentor. No mezanino, algumas das principais obras das Coleções MAC e Sattamini, garantindo sua função pública e cultural. Diversos autores e trabalhos de extrema importância para arte contemporânea brasileira estarão ao alcance do público, incluindo Lygia Clark, Tunga, Beatriz Milhazes e Ricardo Ventura.

Ao terminar a visita, o público será brindado com o MAC trazendo a própria origem, sua história e construção. Serão diversos documentos, publicações e imagens que retratam um pouco esse período do museu, incluindo a primeira exibição pública do livro de ouro do MAC, que guarda depoimentos e assinaturas de grandes personalidades que visitaram o museu em seus 25 anos.

Ao longo do mês, outras linguagens estarão presentes na programação, como a Cia de Ballet (nos dias 11 e 12), trazendo a dança contemporânea da cidade para o interior do museu, em uma apresentação inédita criada exclusivamente para os 25 anos do MAC. Haverá também o Seminário de Arte e Cultura LGBTI, no dia 23, e a atividade de arte e cultura urbana “Basta ter princípios”, com transmissão nas redes virtuais. Assim, será iniciado o processo de expandir o museu para além do Mirante da Boa Viagem e das artes visuais.

“Tenho uma relação muito próxima com o MAC, porque acompanhei o nascimento da ideia e, depois, todo o processo de construção. Como toda obra de Arte importante, o MAC já nasceu despertando os mais diversos sentimentos nas pessoas e isso acontece até hoje quando os visitantes da cidade se surpreendem ao avistá-lo. O Museu tem sido cuidado com muita responsabilidade e carinho por todos os governos que se instalaram na cidade. Em 2016, o ex-prefeito Rodrigo Neves fez uma importante reforma no MAC, modernizando e valorizando ainda mais sua beleza arquitetônica. Ao completar 25 anos, o Museu de Arte Contemporânea, na gestão do prefeito Axel Grael, se insere definitivamente na alma niteroiense com investimentos e ideias novas para o futuro. O MAC é mais do que um Museu, é uma obra de arte, um templo para a Cultura de Niterói e do mundo”, ressalta o presidente da Fundação de Arte de Niterói, Marcos Sabino.

“Pensar Niterói é pensar no MAC. A identidade cultural da cidade é marcada por esse patrimônio valioso, que é uma referência mundial na arquitetura, graças ao mestre Niemeyer, que assinou as curvas futuristas do museu. Além do acervo próprio, o MAC abriga uma das mais importantes coleções de arte contemporânea do país, que projeta Niterói na vanguarda do segmento. Nesses 25 anos de MAC, o legado é imensurável. A contribuição para a arte, para a educação, as ações de formação, inclusão e integração social foram constantes no museu. Nossa cidade tem muito orgulho desse espaço, que projeta nossa cultura para o mundo”, diz o secretário municipal das Culturas, Leonardo Giordano.

O diretor do MAC Niterói, Victor De Wolf, destaca a importância da data: “Celebraremos os 25 anos do MAC com o mesmo orgulho que os niteroienses têm de viver nesta cidade, com esse incrível símbolo. O MAC olha pro seu próprio passado, mantendo viva sua missão de ser um abrigo da arte contemporânea, mas se recolocando também como um museu que traz o novo, que pauta os debates importantes da sociedade e que busca, ativamente, retomar seu afeto com a cidade e com os niteroienses. Um museu de Niterói para o mundo”, analisa.

O MAC NITERÓI

Obra de Oscar Niemeyer, o Museu de Arte Contemporânea de Niterói – espaço administrado pela Prefeitura de Niterói, por meio da Secretaria Municipal das Culturas e Fundação de Arte de Niterói – foi construído no dia 2 de setembro de 1996, para abrigar as obras da importante coleção de João Sattamini. Completa, no dia 2 de setembro de 2021, 25 anos. Em 2016, passou por uma reforma inédita de modernização.

Belo e absolutamente surpreendente, se abrindo como uma flor, o museu conta também com a Coleção MAC Niterói, com obras de arte incorporadas ao acervo por meio de doações de artistas que ali fizeram exposições, em especial de Almir Mavignier de uma série de cartazes aditivos em homenagem à inauguração do Módulo de Ação Comunitária em 2008, incluindo, ainda, dois raros cinecromáticos Abraham Palatnik. Na primeira entrada, fica o pavimento de recepção e administração. Logo acima, o segundo pavimento abriga o salão central de exposições envolto por uma varanda circular envidraçada, destinada também a mostras, e, acima, o mezanino, totalizando uma área de mil metros quadrados, de onde se pode admirar a paisagem panorâmica da Baía de Guanabara. No subsolo, o visitante encontra um auditório para 60 espectadores.

Tendo à frente o diretor Victor De Wolf, o MAC Niterói sempre apresentou, além das exposições, uma programação abrangente. O museu também acolhe atividades externas, apresentações artísticas, performances, entre outras.

Referência para a cidade, para a região e com projeção mundial, o MAC Niterói, um dos cartões-postais do Rio de Janeiro e do país, já foi matéria e estampou capas de diversos jornais e revistas do mundo. Foi tema de documentários – inclusive com o próprio Oscar Niemeyer o apresentando –, de campanhas publicitárias e de inúmeros programas televisivos.

Nesses 25 anos, foram recebidas mais de 2.800.000 pessoas no museu, nomes como David Bowie, Juliette Binoche, o ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, entre outros, estiveram no equipamento e deixaram seu relato no livro de ouro. Foram realizadas mais de 185 exposições ao longo desses anos. Com a consolidação dos 25 anos, a apresentação do plano museológico e a retomada do conselho deliberativo, o MAC está preparado para seguir com sua função pública e cultural.

Abertura das exposições para o público – 08 de setembro

Área interna

90 | 25 – Ícones e Arquétipos – Salão Principal – com curadoria de Marcus de Lontra Costa

90 | 25 – A simbologia da paisagem – Varanda – com curadoria de Marcus de Lontra Costa

90 | 25 – A materialização do invisível – Mezanino – com curadoria de Marcus de Lontra Costa

Transeuntis Mundi – Mezanino e virtual – Um projeto de Cândida Borges

MAC Origens – Recepção – Coleção de imagens, documentos e objetos importantes na história dos 25 anos do MAC

Área externa

Samba Exaltação – Praça – Texto Curatorial de Alexandre Sá

Monumento Comemorativo dos 25 anos do MAC Niterói – Praça – Curadoria de Priscilla Allegretti

As exposições

90 | 25

O conjunto das exposições do salão principal, varanda e mezanino forma a instalação 90 | 25. No salão principal, estarão expostas obras de Oskar Metsavaht, relacionadas aos 90 anos do Santuário Cristo Redentor, e a exposição se chama “Ícones e arquétipos”. Na varanda, a exposição “A simbologia da paisagem”, com obras das Coleções MAC e Sattamini, que dialoga com as obras de Oskar Metsavaht. No mezanino, a mostra recebeu o nome de “A materialização do invisível”, com obras das Coleções. A curadoria é de Marcus de Lontra Costa.

Transeuntis Mundi

Uma exposição inédita no Brasil fará parte das comemorações dos 25 anos do MAC: “Web Derive 01”, do projeto “Transeuntis Mundi”, da artista transmídia, pesquisadora e musicista brasileira, Cândida Borges, e do artista colombiano e escritor, Gabriel Mario Vélez. A obra, que já esteve em sete países, poderá ser vista em Niterói, primeira cidade brasileira a recebê-la, em duas versões: presencial, entre os dias 8 e 12 de setembro, e online, pelo site do MAC, até 30 de setembro. A exposição virtual mostrará por meio de imagens e sons as interações culturais, fruto da migração mundial. Uma viagem de possibilidades que leva às ancestralidades e a futuras possibilidades nas relações culturais.

Samba Exaltação

segunda exposição individual do artista Felippe Moraes na instituição e parte da programação especial de celebração dos 25 anos do museu. A partir do dia 8 de setembro, o público poderá conferir um panorama dos trabalhos em néon produzidos desde 2019, todos inéditos no Rio de Janeiro. Com citações de compositores como Caetano Veloso, Paulinho da Viola e Nelson Sargento. Eles tecem comentários filosóficos sobre o carnaval ausente, a pandemia e o atual contexto histórico e social do Brasil. A mostra terá conteúdo presencial e online, que pode ser acessado por QR codes espalhados pelo espaço e texto curatorial assinado pelo curador e pesquisador Alexandre Sá.

Monumento Comemorativo dos 25 anos do MAC Niterói

O monumento aos 25 anos do MAC Niterói é uma obra criada para ser vista por todos os lados. Mais que uma alusão à idade do museu, ele é uma comemoração à arte. Um confronto de formas, que, através do Círculo Único – movimento criado por José Raul Allegretti, seu autor, se harmoniza nos olhos, mente e espírito de quem a vê. Curadoria de Priscilla Allegretti.

MAC Origens

Uma instituição é feita da sua história e a do MAC Niterói começa antes mesmo da sua construção, na década de 1990. Neste espaço, será contado um pouco desse passado, em um pequeno recorte da trajetória. Por meio de imagens da construção, documentos, publicações, entre outros, é traçado um panorama das origens deste museu tão icônico e importante para Niterói.

Atividades Culturais na programação de aniversário

11 e 12 de setembro – Cia de Ballet da Cidade de Niterói

IMpReSsõeS é inspirada na estética da arquitetura modernista, época que se deu a ascensão arquitetônica brasileira. Oscar Niemeyer, uma das principais referências desse movimento, valoriza a beleza, as formas simples, a natureza e as pessoas, e é nessa premissa que nos inspiramos para fortalecer a ideia que os espaços só criam vida quando são habitados por gente. A apresentação acontecerá de forma itinerante. O espaço ambientado por uma trilha sonora será preenchido por esses corpos dançantes, criando formas, desenhos coreográficos e com os olhos marcados por uma pintura para exaltar a presença humana.

20 de setembro – Basta Ter Princípios: Projeto MAC Audiovisual

Um coletivo de arte urbana que promove, principalmente, batalhas de rodas de rima, que tiveram que ser adaptadas para o mundo digital por conta da pandemia. O evento, que inclui percussão, grafite, DJs, bgirls, bboys e batalhas de rima, será gravado no pátio do MAC, no dia 20 de setembro e, posteriormente, disponibilizado online. Durante a gravação o pátio do museu será fechado para evitar aglomerações.

23 de setembro – Seminário de Arte e Cultura LGBTI

Neste dia, serão realizadas rodas de conversa entre público e convidados sobre temas relacionados à arte e cultura LGBTI, incluindo a crise gerada pela pandemia, possíveis soluções e, também, sobre a parada LGBTI, que não aconteceu ano passado e nem este ano. A forma de participação será divulgada, em breve, nas redes do museu.

Serviço

Abertura das 7 exposições do MAC para o público
Data: 8 de setembro, quarta-feira
Visitação: galerias – interior (de terça a domingo, das 11h às 16h) | pátio (de domingo a domingo, das 9h às 16h)

Período expositivo:

Até o dia 5 de dezembro de 2021
– 90 | 25 – Ícones e Arquétipos – Salão Principal – com curadoria de Marcus de Lontra Costa

– 90 | 25 – A simbologia da paisagem – Varanda – com curadoria de Marcus de Lontra Costa

– Samba Exaltação – Praça – Texto Curatorial de Alexandre Sá

– Monumento Comemorativo dos 25 anos do MAC Niterói – Praça – Curadoria de Priscilla Allegretti

Presencial, entre os dias 8 e 12 de setembro, e online, pelo site do MAC, até 30 de setembro

– Transeuntis Mundi – Mezanino e virtual – Um projeto de Cândida Borges

Longa duração, sem data ainda para término

– MAC Origens – Recepção – Coleção de imagens, documentos e objetos importantes na história dos 25 anos do MAC

– 90 | 25 – A materialização do invisível (da Coleção MAC-João Sattamini)

Foto: Douglas Macedo