Meio ambiente

Projeto Orla Limpa, Orla Viva aborda a problemática dos lixos nas praias de Niterói

Niterói possui diversas praias voltadas para o lazer e que atendem o turismo da cidade. Cuidar destes locais é cuidar do meio ambiente, da economia e também da saúde. O projeto Orla Limpa, Orla Viva, lançado pelo Programa de Desenvolvimento de Projetos Aplicado – PDPA, da Prefeitura Municipal de Niterói, em parceria com a Universidade Federal Fluminense – UFF e a Fundação Euclides da Cunha-FEC, integra a população niteroiense a um debate profundo abordando a problemática da poluição nestes espaços.

“A UFF possui um corpo de pesquisadores e especialistas de alto nível na área de biologia marinha, química e geociências que há anos produzem pesquisas, tecnologias e soluções na área da sustentabilidade e meio ambiente. Aproveitar esta expertise em prol da sociedade e contribuir para resolução de problemas públicos da cidade de Niterói é um dos objetivos do PDPA. O projeto Orla Limpa, Orla Viva está sob a coordenação de pessoas extremamente capacitadas e trará grandes resultados. ” afirma o reitor da UFF, prof. Antonio Claudio Lucas da Nóbrega.

 

Uma das vertentes do projeto é divulgar e discutir com a sociedade a importância de manter as praias limpas e as implicações do lixo de praias para a saúde pública e para outros setores, como o turismo. “A iniciativa aborda a problemática dos lixos nas praias de Niterói, tanto dos macro quanto dos micro detritos, incluindo os microplásticos, e suas relações com a saúde pública. Iremos estudar a relação do lixo com a ocorrência de bactérias patogênicas nas praias, incluindo bactérias super resistentes.” Explica o coordenador do projeto, prof. Abilio Soares Gomes do Instituto de Biologia Marinha da UFF.

As bactérias patogênicas são aquelas capazes de causar doenças, como tuberculose, leptospirose e outras. Enquanto as superbactérias são aquelas que adquirem resistência a diversos fatores externos. Atualmente, a iniciativa encontra-se na etapa de estudos pilotos para ajustes na metodologia. Segundo o professor, os pesquisadores buscam a definição do volume de sedimento necessário para extrair partículas de microplástico para analisar a contaminação por bactérias patogênicas através de estudos de metagenômica, que é uma técnica que permite estudar genomas de micro-organismos de um nicho ecológico sem a necessidade de realizar culturas individuais.

O projeto conta com uma equipe de profissionais das áreas de biologia marinha e química que se reúne regularmente: Abilio Soares Gomes (coordenador), Instituto de Biologia, Henrique Fragoso dos Santos (sub coordenador), Instituto de Instituto de Biologia, Bernardo Antonio Perez da Gama, Instituto de Biologia, Fabio da Silva Miranda, Instituto de Química, Pedro Henrique Freitas Pereira (bolsista de pós-doutorado), além de estudantes de iniciação científica.

O projeto é parte do Programa de Desenvolvimento de Projetos Aplicado – PDPA. Trata-se de uma parceria construída entre a Prefeitura Municipal de Niterói, a UFF e a FEC com o objetivo de utilizar a inteligência e a expertise da Universidade para a resolução de problemas públicos da cidade de Niterói, de forma a contribuir, de maneira efetiva, para o desenvolvimento sustentável e equânime do município. Além disso, o Programa estimula a associação e sinergia entre pesquisadores(as) e extensionistas da UFF, promovendo interação com a sociedade e a gestão pública para a elaboração e execução de projetos que impactam a qualidade de vida dos(as) niteroienses.
“A percepção da Prefeitura Municipal de Niterói em exercer um papel importante no fomento à pesquisa a fim de auxiliar os estudos dos problemas do município é algo extraordinário, em especial num momento de escassez de recursos por parte de outros tradicionais órgãos de fomento. A parceria entre as três instituições que permitiu o repasse e o gerenciamento dos projetos é muito benéfico para as partes envolvidas, trazendo agilidade e transparência na aplicação dos recursos.” comemora o coordenador.

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