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Caroços de Açaí viram Bolsa Térmica Natural e ajudam a proteger a Mata Atlântica

Caroços de Açaí viram Bolsa Térmica Natural e ajudam a proteger a Mata Atlântica

Buscando criar uma escolha de consumo mais responsável e com o menor impacto negativo humano, social e ambiental possível, a Mercur, indústria com atuação na área da saúde e educação, cocriou a Bolsa Térmica Natural. O produto, que utiliza caroços de açaí da Palmeira Juçara e uma macia camada de algodão orgânico, é um grande aliado da natureza, contribuindo com a proteção de uma espécie ameaçada de extinção e na preservação da Mata Atlântica. Um ótimo exemplo para se ressaltar hoje, Dia Mundial do Meio Ambiente.

Desde a concepção da Bolsa Térmica Natural, foi estabelecida a diretriz de privilegiar a geração de renda local para pequenos produtores e cooperativas e por isso, o projeto elegeu matérias-primas de fornecedores que tem um um alto senso de responsabilidade com o meio ambiente e com as pessoas, traduzido em impacto social: as Cooperativas Justa Trama e Econativa. Seu desenvolvimento se deu por meio da cocriação, metodologia que reúne técnicos da empresa, usuários, pesquisadores, estudantes, profissionais de saúde entre outros públicos para criar um item conectado com as necessidades das pessoas.

Caroços de açaí eram descartados após o despolpe

Sobra do processo de produção da polpa pelos agricultores agroecológicos da Cooperativa Econativa – Cooperativa Regional de Produtores Ecologistas do Litoral Norte do Rio Grande do Sul e Sul de Santa Catarina, os caroços de açaí são um dos principais insumos da  Bolsa Térmica Natural da Mercur. São esses caroços que retém o calor no produto utilizado para termoterapia, auxiliando no tratamento de dores e lesões musculares e articulares, processos inflamatórios, no alívio de estresse muscular e cólicas.

Dessa forma, o insumo, que representa cerca de 70% do fruto e era descartado, hoje é mais uma fonte de renda para as famílias de produtores e incentiva o cuidado com a Palmeira Juçara – planta ameaçada de extinção e que tem papel importante na manutenção da biodiversidade da mata Atlântica.

Algodão orgânico e agroecológico

Já o algodão utilizado no tecido da Bolsa é produzido de forma orgânica pela maior cadeia produtiva no segmento de confecção da economia solidária, articulando 600 cooperados/associados em cinco estados, a Justa Trama. Ela foi escolhida após o grupo de trabalho envolvido no desenvolvimento do produto buscar estudos e contatos para compreender qual seria o tecido de menor impacto socioambiental.

“Escolher um tecido de reuso ou reciclado aumentaria o ciclo de vida dele, mas continuaria incentivando a produção de algodão convencional. E depois de conhecer a produção do algodão convencional, que contamina o solo, água, ar, além de causar alto índice de suicídio de produtores, tivemos a certeza de que precisávamos incentivar a cadeia do algodão orgânico como forma de preservação da vida, do ecossistema e da saúde humana”, explica Liciani Lindemayer, que atua na área de Inovação da Mercur.